Parecido com o cervo-do-pantanal, porém menor, o veado-campeiro habita áreas mais abertas e menos alagadas que seu parente próximo.
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Distribuição
Originalmente, a espécie ocorria de forma ampla em grande parte da América do Sul, desde o norte do Brasil, passando por toda a região central e sul, até o Uruguai, grande parte da Argentina e também da Bolívia. Hoje, as populações foram drasticamente reduzidas e estão geograficamente isoladas. No Pantanal e no Cerrado ainda são mais ou menos abundantes, também podem ocorrer de modo isolado em outros pontos do Brasil. Na região de Esteros do Iberá, na Argentina, que é muito semelhante ao Pantanal, há um grande projeto para a reintrodução de veados-campeiros, local onde estão extintos.
Características
Cervídeo de porte médio, a espécie apresenta pouco dimorfismo sexual. Os machos são um pouco maiores do que as fêmeas, podendo medir entre 90 e 120 cm de comprimento, ter cerca de 70 cm de cernelha e pesar até 40 kg. A coloração varia de acordo com a região, pode variar do marrom-avermelhado até o marrom-claro. Possui manchas brancas ao redor dos olhos, dos lábiosdo , peito e abaixo da cauda.
Comportamento
São animais de hábitos diurnos. Podem formar pequenos grupos que não ultrapassam seis indivíduos, a não ser quando estão pastando com outros grupos, podendo chegar até a 50 indivíduos. Apesar da maior parte dos machos adultos serem avistados sozinhos, subadultos podem ser vistos formando grupos quando estão no processo de crescimento dos chifres.
Alimentação
São animais exclusivamente herbívoros, podem ingerir quase qualquer tipo de vegetal, porém preferem folhas novas, gomos, arbustos e flores. São considerados pastadores e podadores, podendo ingerir mais de 78 espécies diferentes de vegetais.
Reprodução
O tempo médio de gestação é de 7 meses, dando à luz um filhote por vez. Nascimentos podem ocorrer ao longo do ano todo, apesar de serem mais frequentes entre os meses de agosto e novembro. Os filhotes desmamam com cerca de 4 meses de idade, quando as mães voltam a entrar no cio.
Conservação
Considerada como “vulnerável” pela lista nacional do ICMBio e como “quase ameaçada” pela IUCN, a espécie aponta para um declínio ao longo dos anos. Sua população original foi, brutalmente, reduzida devido à caça excessiva e perda de habitat para a agricultura. Em algumas regiões, como os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná, ela pode ser considerada como criticamente ameaçada.