Nossa Fauna

Tamanduá-bandeira

Myrmecophaga tridactyla

Tamanduá vem do tupi Tamãdu’á. Jurumim vem do tupi Yuru’mi, que significa “boca pequena”. Os parentes mais próximos dos tamanduás são as preguiças, ambos da ordem Pilosa.

Status de conservação - IUCN

Taxonomia

Classe: Mammalia
Ordem: Pilosa
Família: Myrmecophagidae
Gênero: Myrmecophaga
Espécie: Myrmecophaga tridactyla
Nome comum: Tamanduá-bandeira, Jurumim, Tamanduá-açu, Iurumi

Mapa de distribuição

Clique na imagem para ampliar - Fonte: IUCN

Clique para saber mais

Distribuição

O tamanduá-bandeira ocorre em grande parte da América Latina, desde Honduras até o nordeste da Argentina. No Brasil, ocorre em praticamente todo o território nacional, exceto no extremo sul do país, estando presente em todos os biomas, menos nos Pampas.

Características

É um animal de grande porte, pode medir entre 98 e 120 cm de comprimento de corpo e a cauda pode variar entre 65 e 90 cm. Pesando entre 31,5 e 45 kg, os machos geralmente são maiores que as fêmeas. A pelagem é de uma cor cinza-acastanhada, com uma banda preta lateral que sobe do peito em direção ao meio do dorso, margeada por duas faixas brancas. Possui o crânio alongado e o focinho comprido com a boca na extremidade. As orelhas e os olhos são pequenos, porém a língua é comprida, chegando a 60 cm. Os membros dianteiros são fortes e musculosos, munidos de unhas fortes e afiadas, usadas para abrir cupinzeiros. A cauda é grande e peluda, lembrando uma bandeira hasteada, o que dá origem a seu nome popular.

Comportamento

Apesar de serem mais ativos no fim do dia, podem ser ativos durante o dia todo em dias mais frios, ou totalmente noturnos em ambientes perturbados pelo ser humano. São animais de hábitos solitários, exceto quando a fêmea está com o filhote. Possuem um olfato muito bem desenvolvido, enquanto a visão é fraca. Seu território varia entre 9 e 25 km². São capazes de nadar, inclusive em rios grandes, além de gostarem de se banhar na lama para se refrescar e se livrar de parasitas.

Alimentação

Sua dieta consiste basicamente de cupins e formigas, mas também pode consumir besouros e outros invertebrados. Utiliza sua longa língua recoberta por uma camada de muco espessa e pegajosa para capturar os insetos. Com suas longas garras, abre cupinzeiros e formigueiros. Pode consumir até 30 mil formigas/ cupins em um único dia.

Reprodução

Não possuem época definida para reprodução, podendo ocorrer ao longo do ano todo. A gestação dura em média 190 dias, dando à luz um único filhote por vez. Os filhotes vivem nas costas da mãe durante meses, ficando camuflados e protegidos de predadores. Quando começam a consumir alimentos sólidos, os filhotes descem do dorso da mãe para forragear, alimentam-se e, depois, retornam para o abrigo nas costas. No Refúgio Ecológico Caiman, no Pantanal Sul, já foi registrada uma mãe com dois filhotes de diferentes tamanhos nas costas.

Conservação

São considerados “vulneráveis” tanto na lista nacional do ICMBio quanto na da IUCN. 

Ameaças

As principais ameaças para a espécie são atropelamentos, incêndios florestais, perda de habitat e a caça.

Galeria de imagens

Outras espécies preservadas pelo Onçafari

Seja você também uma empresa parceira ou apoiadora do Onçafari e ajude a preservar nossa fauna