O tatu-canastra é a maior espécie de tatu do mundo, sendo também o mais raro. Com suas grandes garras, cava buracos enormes, que podem ter mais de 40 cm de largura e 30 cm de altura, para fazer de toca ou para se alimentar de insetos, como cupins e formigas. São pouco estudados na natureza, portanto muitas informações ainda são um mistério.
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Distribuição
O tatu-canastra tem uma ampla área de distribuição, sendo possível verificar sua presença em boa parte da porção leste da América do Sul. Ocorre desde a Venezuela e as Guianas até o norte da Argentina. No Brasil, ocorre principalmente na Amazônia, no Cerrado e no Pantanal, podendo também aparecer em pontos mais centrais da Mata Atlântica. Apesar da larga incidência, o animal apresenta baixa densidade populacional, sendo pouco visto.
Características
Mede até 1,5 m (do focinho até a cauda) e pesa até 60 kg. Possui uma carapaça dura e resistente que recobre boa parte do corpo e poucos pelos. Suas patas da frente são dotadas de grandes e potentes garras que o ajudam a cavar enormes buracos, com a unha central podendo chegar a 20 cm. Não possuem dentes, e sua principal defesa é suas garras gigantes. São considerados engenheiros de ecossistemas, pois modificam a paisagem com seus buracos enormes, permitindo que outras espécies, como o cachorro-do-mato, a jaguatirica, o tamanduá-mirim, entre outros, utilizem suas tocas depois que eles a abandonam.
Comportamento
É uma espécie pouco estudada pela ciência, por isso faltam muitos dados sobre o comportamento da espécie. Em geral, possuem hábitos noturnos e semi-fossoriais. Suas garras poderosas são utilizadas para cavar buracos e abrir cupinzeiros. É considerado um animal solitário, exceto durante a época de acasalamento.
Alimentação
São animais insetívoros, alimentando-se principalmente de cupins e formigas. Podem também ingerir larvas de outros insetos.
Reprodução
Não se conhece muito sobre a biologia reprodutiva deste animal.
Conservação
É considerada como “vulnerável” tanto pela lista nacional do ICMBio quanto pela IUCN. Porém, em alguns estados, a espécie é considerada “criticamente ameaçada”.
Ameaças
As principais ameaças à espécie são a caça, a perda de habitats, os atropelamentos e as queimadas.