É uma das espécies de tamanduás adaptada tanto para a vida em árvores quanto no chão.
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Comumente, são encontrados indivíduos atropelados pelas estradas brasileiras. O nome tamanduá-mirim significa “tamanduá pequeno” em tupi. Tamanduá-colete refere-se ao desenho em sua pelagem.
Distribuição
O tamanduá-mirim ocorre em grande parte da América do Sul, desde o leste dos Andes, da Venezuela até o norte da Argentina e do Uruguai. No Brasil, está presente em todo o território nacional, ocupando todos os biomas.
Características
É um animal de médio porte, podendo medir entre 47 e 77 cm de comprimento de corpo, tendo de 40 a 68 cm de cauda. Pesa entre 5 e 7 kg, e os machos geralmente são maiores que as fêmeas. A pelagem é de uma coloração amarelo-pálida muito característica, com duas listras pretas que avançam na direção escapular, de modo a parecer que está usando um colete preto. Os membros dianteiros são bem desenvolvidos, com garras nos dedos médios bem afiadas, em forma de gancho. Não possui dentes e a língua pode chegar a 40 cm de comprimento.
Comportamento
São mais ativos durante o dia, porém podem apresentar comportamentos noturnos em áreas perturbadas pelo ser humano. Possuem hábitos escansoriais, ou seja, vivem tanto em árvores quanto no chão. Quando não estão ativos, podem descansar dentro de troncos ocos de árvores, tocas de tatus ou outras cavidades naturais. Quando se sentem ameaçados, sentam sobre os membros posteriores e assumem uma posição ereta, abrindo os braços em forma de cruz para parecerem maior e intimidarem o agressor. Possuem uma área de vida que varia entre 350 e 400 hectares.
Alimentação
Sua dieta consiste basicamente de cupins e formigas, mel e abelhas. Pelo fato de não possuir dentes, ingere os alimentos inteiros, que depois são triturados no estômago, cuja musculatura é parecida com a da moela de aves.
Reprodução
A gestação leva entre 130 e 150 dias, geralmente dando à luz apenas um filhote por vez, porém é possível a ocorrência de gêmeos. O filhote permanece agarrado nas costas da mãe durante os primeiros meses de vida. Filhote e mãe se separam quando aquele adquire, aproximadamente, 1 ano de idade.
Conservação
São considerados como “pouco preocupantes” tanto na lista nacional do ICMBio quanto na da IUCN.
Ameaças
As principais ameaças para a espécie são atropelamentos, incêndios florestais, perda de habitat, caça e conflitos com animais domésticos.