São grandes predadoras nos rios onde habitam, exercendo um papel importante no ecossistema. O nome lontra vem do latim, Lutra, que significa “que tem cauda longa”.
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Distribuição
A lontra-neotropical pode ser encontrada desde o México até a região central da Argentina, ocorrendo em quase todo o território nacional. No Brasil, ocorre em biomas como Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Pampas. Na Caatinga e em regiões mais áridas não é possível encontrá-la.
Características
É um animal de médio porte, podendo medir entre 36 e 66 cm de comprimento, além de possuir entre 37 e 84 cm de cauda. Pesando entre 5 e 15 kg, os machos geralmente são maiores que as fêmeas. A pelagem é de uma cor marrom-escura, com pescoço e garganta cinza. Possui um corpo alongado, cauda achatada e espessa, além de membranas entre os dedos das patas, que auxiliam na natação. Seu pelo é composto por duas camadas que ajudam o animal a manter a temperatura do corpo dentro da água.
Comportamento
Possuem hábitos predominantemente diurnos, porém também podem ser ativas durante à noite. Não costumam formar grupos grandes como as suas parentes ariranhas, sendo os grupos, em geral, formados por casais com filhotes. As marcações por odores são uma importante ferramenta de comunicação para a espécie. Lontras costumam viver em locais próximos a corpos d’água, como rios, lagos, córregos, igarapés, estuários, manguezais e enseadas marinhas. As lontras podem utilizar como tocas qualquer cavidade exposta nas encostas dos rios ou nos ambientes onde vivem, buracos no meio da vegetação e cavernas, ou podem cavar seu próprio abrigo.
Alimentação
A lontra é considerada uma espécie carnívora. Geralmente, alimenta-se de peixes e crustáceos, porém também pode se alimentar de filhotes de capivara, serpentes e cágados. Com frequência, captura suas presas na água e vai até a terra firme (ou pedras e troncos) para se alimentar.
Reprodução
A reprodução pode ocorrer durante o ano todo, porém acontece, preferencialmente, durante a primavera. A gestação dura entre 56 e 86 dias, nascendo entre um e cinco filhotes. Os filhotes passam o primeiro ano de vida sob os cuidados da mãe.
Conservação
Apesar de ser uma espécie versátil, adaptando-se às mudanças causadas pelo ser humano, as lontras são consideradas como “quase ameaçadas” tanto pela lista nacional do ICMBio quanto pela IUCN.
Ameaças
As principais ameaças para a espécie são a diminuição de habitats, a poluição da água e a redução dos estoques pesqueiros. Conflitos com piscicultores também são uma causa frequente de morte para o mustelídeo.