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Jaguatirica

Leopardus pardalis

Maior espécie entre os felinos de pequeno porte neotropicais, a jaguatirica é um predador exímio em seu nicho. Possuem um padrão de listras parecido com outros gatos selvagens. Se alimenta, principalmente, de pequenos mamíferos, peixes e aves.

Status de conservação - IUCN

Taxonomia

Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Felidae
Gênero: Leopardus
Espécie: Leopardus pardalis
Nome comum: Jaguatirica, Ocelote, Gato-do-mato

Mapa de distribuição

Clique na imagem para ampliar - Fonte: IUCN

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Distribuição

A espécie ocorre em uma grande área pela América. Desde o sul dos Estados Unidos, no Texas, até o norte da Argentina, incluindo todos os biomas brasileiros. Ocorre em uma grande variedade de habitats, do nível do mar a até 1.200 metros de altitude, sempre em áreas com densa cobertura florestal. São noturnos, escondendo-se durante o dia debaixo de galhos e árvores caídas ou em buracos nas raízes das árvores. São bons escaladores, mas menos arbóreos que o gato-maracajá. É o felino mais versátil da América Tropical, estando presente em mais de 80% das áreas avaliadas do Brasil.

Características

Tem de 72 a 100 cm de comprimento, com a cauda medindo de 25 a 41 cm. Podem pesar de 6,6 a 15,5 kg, e os machos são maiores que as fêmeas. Muitas vezes são confundidas com filhotes de onças-pintadas, devido ao padrão das listras e as cores similares. Dentre os pequenos felinos das Américas, elas são as maiores, ficando atrás apenas da onça-pintada e da onça-parda.

Comportamento

Jaguatiricas, assim como a maioria dos felinos, são animais com hábitos crepusculares/ noturnos. São mais ativas no final de tarde e durante a noite toda. Isso não impede que estejam ativas durante o dia também, horário em que estão mais propensas à caça de aves.

Nadadores eficientes, são solitárias e territoriais, com territórios de machos sobrepondo o de duas a três fêmeas. Invasões de territórios por indivíduos jovens em busca de seu território levam a confrontos bastante intensos e são uma das principais causas de mortalidade para as jaguatiricas. Os territórios têm de 3,5 a 17,7 km² e os indivíduos percorrem de 3 a 8 km por noite.

Alimentação

Alimentam-se, principalmente, de animais terrestres. Suas presas favoritas variam em diferentes regiões, entre elas estão pequenos roedores, peixes, gambás, tatus, cutias, coelhos, quatis, tamanduás, preguiças, macacos, morcegos, pequenos jacarés, lagartos, cobras, tartarugas de água doce, caranguejos, sapos, aves, frutas e até grama. Como alguns grandes felinos, as jaguatiricas, às vezes, escondem uma carcaça parcialmente comida para comer depois.

Normalmente, caçam à noite, caminhando de modo lento por trilhas pré-estabelecidas, mas ficando imóveis por volta de 30 a 60 minutos em um local de espreita. É raro caçarem em áreas abertas.

Reprodução

A gestação leva de 79 a 82 dias, em geral, dando à luz um ou dois filhotes com, aproximadamente, 250 g e dependentes da mãe por vários meses. Fêmeas podem aumentar seus esforços de caça em até 17 horas por dia para alimentar seus filhotes.

Conservação

Classificada como “pouco preocupante” tanto pela lista nacional do ICMBio quanto pela IUCN. Estima-se que 200 mil foram mortas nas décadas de 1960 e 1970 para o comércio de peles, o qual foi reduzido consideravelmente após a proibição da caça e importação de peles em vários países. Em alguns lugares, a caça ilegal continua. Adapta-se bem em áreas degradadas, apesar de redução populacional devido à perda de habitat. A presença da jaguatirica afeta de forma negativa as populações de felinos de menor porte, devido a seu potencial de predador, isso é conhecido como o “Efeito pardalis”.

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