Um dos felinos neotropicais menos conhecidos, com poucos registros deste animal em vida livre, ocorre em baixas densidades populacionais. Por isso, são escassas as informações sobre a história natural desta espécie.
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foto: Cassio Corradi
Distribuição
A espécie ocorre irregularmente na América do Sul, estando presente desde a região dos Andes, no Peru, até o sul do Chile, em regiões mais altas, além de ocorrer também em áreas mais baixas como o Pantanal. No Brasil, a espécie está espalhada pelo Pantanal, pelo Cerrado e pelos Pampas, geralmente associado a ambientes de campo e vegetação rasteira, apesar de também ocorrer em áreas florestadas.
Características
É um gato de pequeno porte, medindo entre 50 e 70 cm, com a cauda medindo entre 22 e 32 cm. Pode pesar entre 3 e 5 kg em média. Possui uma pelagem que pode variar do cinza ao vermelho-alaranjado, com listras irregulares ao longo da lateral do corpo e das patas.
Comportamento
São animais de hábitos crepusculares e noturnos, preferindo caçar após o entardecer e durante a noite. São considerados animais solitários. Costumam caçar no chão. Pouco se sabe sobre comportamentos em vida livre desta espécie.
Alimentação
Sua dieta consiste, principalmente, de mamíferos pequenos, como roedores, mas também pode, em algumas ocasiões, predar mamíferos um pouco maiores, como cutias e pacas, além de aves, répteis e anfíbios.
Reprodução
A gestação varia entre 80 e 85 dias, podendo dar à luz entre um e três filhotes, em geral apenas um. Assim como os outros felinos, pode se reproduzir durante o ano todo, sem ter uma estação definida.
Conservação
Classificados como “quase ameaçados” pela IUCN, porém como “vulneráveis” de acordo com a lista nacional do ICMBio. A maior ameaça à espécie está, intimamente, ligada ao desmatamento, à perda e fragmentação de habitats, muitas vezes associadas à agricultura (Pantanal e Cerrado) e silvicultura (Pampas). Porém, também sofrem com a caça e com o conflito com animais domésticos, como cachorros.