O gato-mourisco pode ser confundido com mustelídeos, como a irara. Tem o corpo mais alongado que os outros gatos selvagens neotropicais e possui hábitos diurnos. Apesar de existir em grande parte do Brasil, tem densidade populacional baixa.
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Distribuição
A espécie tem ampla distribuição pelas Américas, ocorrendo desde o México até a região central da Argentina, estando presente em praticamente todo o território brasileiro, porém em baixas densidades populacionais. Encontrados em uma grande variedade de habitats, incluindo florestas tropicais, cerrados, caatinga e áreas pantanosas, ocorrendo em todos os biomas brasileiros.
Características
Mede de 48 a 83 cm de comprimento e sua cauda mede de 27 a 59 cm, pesando de 3,7 a 9 kg, com machos maiores que fêmeas. A coloração varia do preto, marrom para o cinza, areia e marrom-avermelhado, com cores intermediárias e melânicas comuns. Tem pernas pequenas e uma aparência quase mustelídea. Tem pupilas redondas, em vez de mais elípticas como outros felinos, e isso pode ser reflexo de seus hábitos diurnos.
Comportamento
Ao contrário da maioria dos felinos selvagens, jaguarundis preferem caçar durante o dia, quando estão mais ativos. Começam a se mover pouco antes do amanhecer até pouco depois do entardecer. Apesar de serem muito habilidosos ao se locomover em árvores, preferem caçar no chão. Geralmente, são animais de hábitos solitários, podendo tolerar a presença de outros indivíduos em seu território. Na natureza, a maioria das observações é de indivíduos solitários, mas em cativeiro eles são bastante sociáveis.
Alimentação
Podem se alimentar de, praticamente, tudo que puderem comer, variando entre mamíferos de pequeno e médio porte, cobras, lagartos, aves, insetos, peixes e anfíbios.
Reprodução
A gestação varia entre 65 e 75 dias, e podem dar à luz entre um e quatro filhotes. Não possuem um período bem definido para reprodução, podendo ocorrer durante o ano todo. Atinge a maturidade sexual por volta dos 2 anos de idade.
Conservação
Apesar de considerado como “pouco preocupante” pela IUCN, são tidos como “vulneráveis” pela lista nacional do ICMBio. Não está sujeito ao mesmo nível de pressão de caça dos gatos pequenos malhados e consegue viver em habitats modificados por humanos. Porém, estimativas preveem uma diminuição de suas populações em 10% nos próximos anos, devido, principalmente, à perda e fragmentação de habitats.