Estão entre as maiores espécies de primatas do Novo Mundo. Habitam florestas tropicais e savanas da região central do Brasil. Machos e fêmeas apresentam diferenças muito perceptíveis, como o tamanho e a coloração do pelo.
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Distribuição
O bugio-preto ocorre no nordeste da Argentina, leste do Paraguai e Bolívia e na região sudoeste, sul e central do Brasil, nos biomas Cerrado, Pantanal e Pampas gaúcho.
Características
Os bugios-pretos são animais que apresentam um dimorfismo sexual muito aparente. Enquanto os machos são pretos, as fêmeas e os jovens apresentam coloração bege/ castanho. Machos podem pesar por volta de 7 kg, enquanto as fêmeas chegam a 4,5 kg. Possuem caudas preênseis fortes, com parte sem pelos para prender melhor nos galhos, pendurando-se muitas vezes apenas pelo rabo. Estão entre os maiores primatas do Novo Mundo, medindo cerca de 30 a 75 cm de altura e a cauda tem de 40 a 80 cm.
Comportamento
Os bugios são conhecidos pelas suas fortes vocalizações, que podem ser ouvidas principalmente de manhã a até 5 km de distância e, ao que tudo indica, são usadas na demonstração de territórios entre grupos. Vivem em grupos de três a oito indivíduos, com grupos podendo chegar, eventualmente, a 19 indivíduos. Cada grupo tem um macho dominante, algumas fêmeas e jovens. São poligâmicos, com machos e fêmeas acasalando com mais de um indivíduo do mesmo grupo ou de outros grupos. A poligamia de fêmeas poderia ser para aumentar a taxa de fecundidade ou para confundir a paternidade de machos agressivos. São sobretudo arborícolas, descendo pouco ao chão, apenas para beber água ou se deslocar entre fragmentos de mata. Os seus territórios são pequenos, normalmente de 5 a 45 hectares.
Alimentação
Bugios são animais com uma dieta, predominantemente, composta por folhas, podendo consumir também brotos, flores e frutos. Essa flexibilidade na dieta ajuda a espécie a resistir a mudanças no ambiente. Essa dieta folívora tem baixo teor de energia, fazendo deles uma espécie de primata menos ativa.
Reprodução
A gestação leva de 180 a 220 dias e não há muita sazonalidade, nascendo apenas um filhote, que é carregado nas costas pela mãe durante os primeiros meses de vida.
Conservação
Considerada como “pouco preocupante” pela IUCN, porém “quase ameaçada” de acordo com a lista nacional do ICMBio. A principal ameaça para a espécie é a perda de habitat.