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Através do conteúdo aqui do nosso site do Onçafari, você fará de imediato uma associação entre a sua missão e a necessidade imperiosa de preservar a natureza.

Consta nos seus objetivos primordiais: conservar a biodiversidade nos locais em que estamos inseridos. Mais: consolidação do ecoturismo como ferramenta para conservação. Ainda: aumentar o conhecimento científico sobre onças-pintadas, onças-pardas, lobos-guará, dentre outras espécies.

Pois nesta sexta-feira, 28 de julho, a humanidade celebra 25 anos da criação do Dia Mundial da Conservação da Natureza, instituído pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1998, como forma de conscientizar a sociedade sobre a importância de preservar e conservar os recursos naturais.

Ficou mais clara, agora, a inevitável associação entre o que fazemos e a iniciativa da ONU, chamando o homem para cuidar do seu planeta enquanto ainda dá tempo?

O idealizador e fundador do Onçafari, Mario Haberfeld, lembra que a ONG é bastante ativa e já tem bases de trabalho bem-estruturadas em quatro dos seis biomas brasileiros: Pantanal, Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. E possui planos de, com o tempo e a ajuda de parceiros, completar o ciclo dos seis biomas do país. Faltam a caatinga e o pampa.

Preservar a natureza é algo que se estende para bem além da heroica ação voluntária de idealistas. Envolve a participação de todos, por menor que seja a contribuição. “É o grande desafio desta e das futuras gerações”, diz Haberfeld.

 

O problema como um todo

A bióloga-chefe do Onçafari, Lilian Rampim, afirma: “Mais do que preservarmos algumas espécies, há a necessidade de olharmos para os ecossistemas como um todo”. E nesse sentido o biólogo e guia do Onçafari, Lucas Morgado, explica: “Partimos, basicamente, do princípio de que você não preserva a espécie se não preservar o habitat onde vive”.

Nossa sociedade está em expansão, experimenta forte crescimento em tudo, número de habitantes, consumo de energia, alimentos, necessidade de mais moradias, meios de transporte, estradas, dentre outros. Há uma explosão no consumo de seja lá o que for.

O momento é de equacionar cientificamente como lidar com a redução da biodiversidade e dos ecossistemas, resultante da ocupação não criteriosa dos espaços e extração não sustentável dos recursos naturais, para dizer o mínimo, reunindo lideranças das mais distintas vertentes que compõem esse complexo universo.

O ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore, um ativista ambiental, escreveu em seu premiado livro An Inconvenient Truth (Uma Verdade Inconveniente): “Precisamos investir muito em pesquisa, em como reduzir o aquecimento global”. O livro gerou um documentário a respeito das mudanças climáticas que recebeu o Oscar, em 2007.

 

É preciso obedecer a lei

Para o biólogo responsável pela área do Cerrado do Onçafari, Eduardo Fragoso, apesar do apetite voraz do agronegócio por ocupação de terras, é possível produzir soja, milho, criar gado, por exemplo, e respeitar o meio ambiente.

“Há protocolos bem concebidos que estabelecem o que pode ser feito. Basta segui-los”, afirma. E, obviamente, exista quem controle, com eficiência, o cumprimento da legislação. O Cerrado é o bioma mais afetado, hoje, por essa expansão não controlada.

É errado acreditarmos que nossa responsabilidade nesse processo é praticamente inexistente. O ex-secretário geral da ONU, Kofi Annan, afirmou quando o Dia Mundial da Conservação da Natureza foi criado pela entidade: “Você já parou para pensar como suas ações estão afetando o nosso planeta?”.

E propôs: “Vamos aproveitar a data para uma reflexão mais profunda, entender o que podemos fazer para ao menos não contribuir para aumentar o sério problema ambiental que coloca em xeque, nem mais a longo prazo, a nossa própria sobrevivência”.

Fica a mensagem desse cidadão ganês que recebeu por essa e outras ações na área de saúde pública o Prêmio Nobel da Paz, em 2001.