A região do deserto de Gobi é importantíssima para a economia da Mongólia. É lá, naquele longo território de temperaturas extremas que variam até 35 °C em poucas horas, que está o principal foco da atividade mineradora do país, protagonista das exportações locais. É também lá, nas cordilheiras da Mongólia, onde vive a segunda maior população mundial dos leopardos-das-neves selvagens.
E é exatamente aí que entra o trabalho de Bayarjargal Agvaantseren, vencedora do Goldman Environmental Prize 2019, a mulher que bateu de frente com as grandes mineradoras para salvar as populações de leopardo-das-neves.
Enquanto cresciam os depósitos de carvão, urânio, cobre, ouro, petróleo e gás na região, diminuíam os grupos dos leopardos-das-neves devido às atividades de mineração. A população global da espécie despencou nos últimos anos, muito exatamente por essa perda do habitat, e é aqui onde Bayarjargal teve um papel crucial. A conservacionista começou a trabalhar em iniciativas locais de preservação até que criou em 2007 uma instituição para reunir projetos do tipo, a Snow Leopard Conservation Foundation (SLCF), que depois se uniu a Snow Leopard Trust (SLT). Virou referência na área até ter agora, uma década depois, o reconhecimento mundial fruto de duas grandes vitórias de sua mobilização.
Primeiro, em 2006, foi formalizada a Reserva Natural de Tost Tosonbumba, uma área de 1.8 milhão de acres, mais de 7 mil quilômetros quadrados, a primeira protegida pelo Estado que tenha sido criada especificamente para a preservação dos leopardos. A estimativa da IUCN, que monitora espécies ao redor do mundo, é de que há entre 4-7 mil deles vivendo livremente no planeta, sendo cerca de 1000 nessa região de montanhas do sul da Mongólia.
Pouco depois, veio o segundo sucesso: todas as 37 licenças de mineração na reserva foram canceladas e, em junho de 2018, já não havia mais minas funcionando na área. Conquista do trabalho de Bayarjargal e sua equipe, além, claro, da mobilização da comunidade local em torno do tema e do apoio de membros do governo sensíveis à manutenção de uma região propícia para a vida dos animais.
Essa edição do Goldman Environmental Prize também reconheceu iniciativas como a de Jacqueline Evans, que atua na proteção da biodiversidade marinha nas Ilhas Cook, na Nova Zelândia; e de Ana Colovic Lesoska, que liderou uma campanha para derrubar dois projetos de hidrelétricas no maior parque nacional na Macedônia do Norte. Anualmente o prêmio celebra seis iniciativas, uma por continente, tocadas por ativistas ambientais com grande repercussão em suas áreas de atuação.
Vídeo sobre o projeto de Bayara
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