*Por Fábio Paschoal
O lobo-guará era encontrado amplamente em áreas de campos e savanas da região central da América do Sul (Brasil, Peru, Bolívia e Chaco paraguaio) até o norte e nordeste da Argentina. Hoje, possivelmente está extinto no Uruguai e, segundo estimativas do ICMBio, a população sofrerá uma redução de pelo menos 29% no Cerrado, nos próximos 21 anos (3 gerações). No entanto, essa estimativa é baseada em uma taxa média de desmatamento de 1% ao ano. Considerando que os dados de 2002 a 2008 apontam uma taxa de desmatamento de 1,34% ao ano, a redução populacional deve ser mais acentuada.
A perda e fragmentação de habitat para agropecuária, conflito com fazendeiros que querem proteger criações de galinhas, crenças culturais (existem pessoas que acreditam que o olho do lobo trás sorte), atropelamentos em estradas e patógenos contraídos de animais domésticos devido ao aumento do contato em ambientes perturbados são as principais ameaças enfrentadas pelo maior canídeo da América do Sul. O Onçafari acredita que é preciso conhecer detalhes íntimos da vida do lobo-guará para propor estratégias efetivas para a conservação da espécie.
Rádio-colar
Uma das melhores formas de coletar dados sobre o lobo-guará, e também de outras espécies, é o uso de rádio-colar. Segundo Valquíria Cabral, bióloga de campo do Onçafari, o equipamento conecta com um satélite a cada duas horas e armazena a posição do GPS em um mapa. Todas essas informações são disponibilizadas em um site que é acessado pelos pesquisadores. “A partir do momento em que a gente coloca o rádio-colar, a gente começa a fazer um estudo de movimentação do animal. Nós identificamos áreas de descanso, áreas de alimentação e conseguimos traçar as rotas mais utilizadas por cada lobo”.
Além do GPS, o rádio-colar emite um sinal de VHF que pode ser captado por uma antena. Quando o animal está próximo, a equipe do Onçafari consegue identificar a direção e localizar o animal, o que facilita a coleta de dados científicos, o processo de habituação e a observação em passeios de ecoturismo. “Quando conseguimos acompanhar o animal visualmente, coletamos dados de comportamento. Por exemplo, estamos na época de reprodução [normalmente de abril até junho] e conseguimos observar a interação de casais: o que comem, o que compartilham e como demarcam o território. A partir da observação de caça e forrageamento, e da análise de fezes, verificamos que as fêmeas mudaram a dieta no período reprodutivo. Elas passaram a consumir muito mais proteína animal do que fruta, quando no restante do ano a gente vê que os lobos-guarás consomem mais fruta do que proteína animal. Essas informações a gente só consegue com as observações de campo”, diz Valquíria. “Vencemos muitos obstáculos com o auxílio do rádio-colar. É uma ferramenta muito importante para a ciência e também para o ecoturismo”, completa a bióloga.
Segundo Joares May, veterinário do Onçafari, o uso do rádio-colar não interfere na vida do lobo-guará e de outras espécies. “O peso do colar não pode exceder nunca 5% do peso do animal. É como se a gente estivesse usando um relógio ou carregando um celular. Observamos fêmeas com colar que entram no cio, acasalam e têm cria normalmente, o que demonstra que o equipamento não interfere em nada na fisiologia do animal”.
Captura
Para colocar o rádio-colar é preciso capturar o animal. Segundo Joares, o estudo prévio da região é muito importante. A equipe analisa pegadas, instala armadilhas fotográficas para saber as rotas mais utilizadas pelas espécies alvo e, após os melhores lugares serem identificados, começa a montagem das armadilhas. O Onçafari utiliza dois métodos de captura:
- Laço: é um sistema ancorado por 4 estacas de 1 metro acopladas em uma argola giratória que permite que o animal se movimente sem se enroscar no laço nem na vegetação que está em volta. O laço é um cabo de aço conectado a um gatilho. “É um sistema automático. Quando o animal pisa no gatilho, ele dispara o laço. Quanto mais ele tracionar, mais ele fecha, mas como existe uma mola para absorção de impacto não tem risco nenhum para o animal”, explica Joares. É importante que o animal passe o menor tempo possível no laço. Então, assim que o animal é capturado ele puxa uma linha ligada a um transmissor VHF. Quando isso acontece, a frequência do transmissor muda, indicando que um animal foi capturado. Na base, os pesquisadores checam o sinal de hora em hora e, assim que percebem a mudança na frequência, se dirigem para o local da captura.
- Armadilha: é uma gaiola com dois sistemas de acionamento tipo alçapão: Duas linhas partem de um cabo de madeira que segura a porta. Uma ligada a uma plataforma no chão, a outra a uma isca. Quando o animal pisa na plataforma ou puxa a isca, o cabo cai, a porta fecha e ele fica preso (a gaiola deve ser de um tamanho grande o suficiente para deixar a espécie alvo confortável). O animal fica dentro da gaiola, protegido, até a equipe chegar ao local.
Depois da captura, o veterinário assume a liderança. Joares aplica a anestesia, coloca uma venda no animal (para evitar estímulos visuais) após tirá-lo da gaiola e, auxiliado pelos biólogos do Onçafari, começa todos os exames necessários para verificar a saúde do bicho: avaliação cardíaca, frequência respiratória, temperatura retal, pressão arterial, coleta de sangue para análises de vírus, bactérias e parasitas sanguíneos e estudo genético, avaliação da glicose circulante, coleta de carrapatos e coleta de pelos para testes de intoxicação. Durante o processo a equipe também faz a biometria (avaliação das medidas corporais para comparação com animais diferentes) e coloca o colar.
Após o término de todos esses procedimentos o animal é colocado no chão e a equipe só vai embora quando ele estiver recuperado. Segundo Joares, a captura causa um estresse, mas não gera trauma. “O organismo do animal está em equilíbrio, quando ele sai desse equilíbrio ele tem um estresse. A falta de água gera estresse, a falta de comida gera estresse, a captura gera estresse. Mas assim como animal recupera do estresse da falta de água e comida, ele também recupera da captura. Quanto menos tempo o animal passa na armadilha – e por isso a preocupação de checar de hora em hora – menor a repercussão no organismo do animal”.
Todo o trabalho é realizado na Pousada Trijunção, localizada em uma fazenda na divisa dos estados de Goiás, Bahia e Minas Gerais. A área de 33,000 hectares de Cerrado funciona como um corredor ecológico entre duas áreas de conservação no estado de Goiás com o Parque Nacional Grande Sertão Veredas. O foco do Onçafari no Cerrado é o lobo-guará, mas o trabalho vai ser expandido para outras espécies. “Estamos trabalhando com três objetivos. Primeiramente o lobo-guará e, logo em seguida, onça-pintada e onça-parda. Inclusive temos rádio-colar para todas essas espécies”, diz Valquíria.
Até o momento, três lobos-guarás receberam rádio-colar na Trijunção. A expectativa é que o Onçafari consiga colocar o equipamento em outros animais para coletar mais dados científicos, alavancar o ecoturismo na região e propor novas estratégias para a conservação da espécie e do Cerrado como um todo.
*Fabio Paschoal é biólogo, jornalista e guia de ecoturismo. Foi editor e repórter de National Geographic Brasil por 5 anos e hoje é produtor de conteúdo do Onçafari e da GreenBond
oncafari,
OK, I used to be Instagram-famous, too.
If you’re like me, you’ve rummaged through Instagram, thinking “how do these darn people on Instagram get so famous”?
Imagine: It’s Friday morning and you told yourself you’d hit the gym today.
Roll over, check your phone.
Hit the Instragram App.
You‘re surprised at what is waiting for you: Over 832 likes on a single one of your pictures! There, you can see a flurry of likes on your pictures–over 832 on a single photo alone.
You put your super-duper soft slippers on and head to the kitchen for some tea. After putting on the kettle, you pull out your phone again.
Presto! Another 20 likes.
Buzz—a message pops into your inbox from a follower. They are asking you for advice on how you manage your food, and are congratulating you on your third month of hitting the gym.
A smirk grows on your face as you read another message. This person emailed you to let you know she loves your posts.
As you begin to write back, your cell buzzes again.
Wow, ANOTHER message. You close your phone and throw it in the bag. Time for the gym.
Anyways, you get the point. This is the life of an Instagram celebrity. I should know, because I have made many of them.
My job is to take people from Instagram anonymous to Insta-celebrity. (It sounds foolish, but results don’t lie.)
Imagine if you increased your engagement by 100%, or 1000%?
It’s not difficult to do, although almost no one does. Just visit our website. There, you will learn how to garner Instagram followers and likes like mad…effortlessly.
Our pro-rated, confidential service automatically sends likes to your images a few minutes after you have posted them.
With this you have a big chance to be featured in the “Top Post” section.
This is all great, but you have really got to put in the work to make it happen. OK, you got me, it is not real work.
1. Visit https://jabbertune.site
2. Enter your Instagram username.
3. 10 – 15 likes are going to be sent to your 3 most recent uploads. Just like that.
Being a everyday name on that page will supercharge your growth 10x, easy. You know where the answer to fame is. Now reach for it. Are you ready?
See you soon.